terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ou dou por mim e acordo.

Cinco da tarde. Precisão. A porta do frigorífico abre e fecha. A fome está saciada.
Cinco da tarde. Agitação. A porta de casa abre e fecha. A casa está povoada.
Cinco da tarde. Coração. A porta tem uma chave. Não entro. Dou por mim e acordo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Acordo e dou por mim

Evito escrever, escrevo. Evito dizer, digo. Evito assumir, assumo.
Conheço o Outono, o Inverno e até a Primavera. Mas não te conheço a ti.
As folhas que caem falam por mim. E se eu caio não falo pelas folhas. Do café com Jazz, ao teatro por começar à hora em ponto, ao concerto para em paz estar eufórico, ao passeio pela cidade que não acaba, à praia da areia fria distante do Verão, aos livros e partilhas, aos segredos, ao deslumbrar como uma formiga no infinito da palma da mão.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dezassete Anos


Amanhã, 5 de Outubro, é feriado e Os Capitães da Areia estreiam o single do primeiro longa-duração. Dezassete Anos é o nome da canção. Para concretizar sonhos há um passo importante: começar a sonhar.

sábado, 1 de outubro de 2011

Não conta o encostar as faces e fazer o som com os lábios, que acaba por ser (só) ridículo.

Um beijo. Três beijos. Cinco beijos. Sete beijos. Nove beijos. Onze beijos. Treze beijos. Quinze beijos. Dezassete beijos.

Um beijo sentido? Eternamente ímpar.

O Falso Solitário

O ardor que a dor da distância faz sentir
Era para aquele pequeno rapaz
Como o sabor de morder uma laranja às escuras
E da trinca perceber que afinal era limão.
Que traição. Devia ter acendido as luzes.

Não sabia estar sozinho.