sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011: o que mais ouvi em 'loop'

A Glória do Mundo (Heróis do Mar)
Alma Mater (Rodrigo Leão)
Anyone's Ghost (The National)
A Rapariga da Caixa (Os Quais)
A Sunday Smile (Beirut)
Back To Black (Amy Winehouse)
Banho-Maria (Manuel Fúria)
Bellevue (GNR)
Bloodbuzz Ohio (The National)
BTSTU (Jai Paul)
Bublle Quatorze (Stereoboy)
Bublle Vinteetres (Stereoboy)
Cachopa (Heróis do Mar)
Café (Lucas Bora-Bora)
Caído No Ringue (Os Quais)
Cais (GNR)
Campo de Santa Clara (Os Golpes)
Canção de Embalar (Zeca Afonso)
Conversation 16 (The National)
Carrots (Panda Bear)
Don't Panic (Coldplay)
Dou-te Um Doce (Lena d’Água)
Efectivamente (GNR)
Em Coimbra Serei Tua (Né Ladeiras)
Em Contramão (Bruno Morgado)
Flor Sonhada (Manuela Moura Guedes)
Fogo de Artifício (Verão Azul)
Hungry Like The Wolf (Duran Duran)
In My Life (The Beatles)
It's Always Sunday Around Here (Lacrosse)
Just Don’t Know What To Do With Myself (White Stripes)
Little Faith (The National)
Linha da Frente (Micro)
Lua de São Jorge (Caetano Veloso)
Lugar Da Cuca (Manuel Fúria)
Mais Rápido (Pega Monstro)
Maria Diz (Os Velhos)
Michelle (The Beatles)
Missing You (Sheiks)
M-1 (Stereoboy)
M-3 (Stereoboy)
M-4 (Stereoboy)
Nabucodonosor (Tiago Guillul)
Nantes (Beirut)
New Moon On Monday (Duran Duran)
No Need To Argue (The Cramberries)
Nothing But Flowers (Talking Heads)
O Ladrão (Madredeus)
Ode To My Family (The Cramberries)
On A Letter (The Sea and Cake)
O Pomar das Laranjeiras (Madredeus)
Os Índios Da Meia Praia (Zeca Afonso)
Pássaro Vermelho (Heróis do Mar)
Passo a Passo (João Coração)
Peeping Tomboy (Kurt Vile)
Quarto Estado (Tomé, O Pescador)
Reel Around The Fountain (The Smiths)
Romagem à Lapa (Alma de Coimbra)
Salva-Vidas (Clube Naval)
Saudade (Heróis do Mar)
Scarborough Fair (Simon & Garfunkel)
Sonho Azul (Né Ladeiras)
Sorrow (The National)
Starman (David Bowie)
Sumo de Limão (Onda Choc)
Switchblade (Jenny & Johnny)
Tarde de Mais (Heróis do Mar)
Tarde Livre I (Os Golpes)
Tarde Livre II (Os Golpes)
Tarde Livre III (Os Golpes)
Tempo Para Cantar (B Fachada)
The Wilhelm Scream (James Blake)
This Charming Man (The Smiths)
Tornados (Jorge Cruz)
Tous Les Garçons Et Les Filles (Françoise Hardy)
Trouble (Coldplay)
Um Bife No Chiado (Os Quais)
Valsa Dos Detectives (GNR)
Vaca de Fogo (Madredeus)
Video Maria (GNR)
We Are Kids (Lacrosse)
Wild Horses (The Rolling Stones)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mariana Bem-Me-Quer

Beija-flor no teu silêncio
Há coisas a acontecer
Na estação imaginária
Mariana bem-me-quer

Toda a terra agora treme
Teme por te ver chegar
Tivesse dezassete anos
Elevar-te-ia para dançar

Há lírios no teu segredo
Há pistas por desvendar
No grande reino das Berlengas
Mariana és o meu par.

Pedro de Tróia e Manuel Fúria
Lisboa, Novembro de 2009

Portas do Sol

Telefonaste pela manhã
Uma noite atribulada
Pediste-me para te desculpar
Irritei-te de novo por não me calar

Recordo as Portas do Sol

Estrada velha
Casa antiga
Pus o dedo na tua ferida
Estrada velha
Casa antiga

Reencontrámo-nos meses depois
Dia do baile revisitado
Apagámos os danos desta canção
Corrida beijo pés acima do chão

Recordo as Portas do Sol.

Pedro de Tróia e Manuel Fúria
Lisboa, Novembro de 2010

Às Minhas Dores

Um dia fui assaltado
Um dia torrencial
Isabel lá das três flores
Recusou-me o plural

Um dia ouvi-me na rádio
Um dia transcendental
Minha Marta das três cores
Pr'além do bem e do mal

Um dia tentei esconder o Sol
O cabelo solto, o vestido branco

Um dia engoli palavras
Um dia no hospital
Catarina das três dores
O carvão não faz de cal

Um dia disseste 'Olá'
Um dia ressuscitei
Dona Inês lá dos andores
Deu-me a mão como eu ditei

Um dia tentei esconder o Sol
O cabelo solto, o vestido branco

Um dia tornei-te grande
Um dia quase normal
Cara Júlia dos tambores
A Kim Gordon é trivial

Um dia foram semanas
Grãos de trigo a descender
Raparigas, meus amores,
Todo o dia é dia de viver.

Pedro de Tróia e Manuel Fúria
Lisboa, Fevereiro de 2011

Os Mistérios da Poupança

Pedalou Lisboa-Beja
Pescou no Cais do Sodré
Só tomava banho à chuva
Fazia Faro-Minho a pé

Para desfrutar mais barato
Bom Arauto da Poupança
Cosia os seus próprios bolsos
Grelhava lombo da matança

Vi a ovelha perdida
Sem pastor a vigiar
Ele não faz cerimónia
Arauto lobo do mar.

Pedro de Tróia e Manuel Fúria
Lisboa, Fevereiro de 2011

Brincos de Cereja

Os teus brincos de cereja
Os teus brincos de cereja

Dá-me os brincos de cereja
Dá-me os brincos de cereja

Senhoras, vimos de jangada
Teremos mais do que um veleiro
Feridos de indecisões
Curados canto carapinha

Flechas que vêm do mar
Flechas a ir e voltar

Explosões granadas citrinos
Mensagens por interpretar
Sejam gregas ou troianas
Há meia-lua inteira

Pedro de Tróia
Lisboa, Novembro de 2010

Senhora das Indecisões

Eu bem sei que tu também não sabes o que ser
Bem eu sei que tu meu bem não receias viver
Eu sei bem o que te amei, o que ficou por dizer
Debaixo do limoeiro que vimos nascer

Desamarra
Quem não vê já não agarra
Manifesta a viagem

Amada inconstante Senhora das Indecisões
Dá doce certeza laranja azedos os limões
E se não me quiseres dar, insistires na razão
Rezarei ordem maior, a ordem do coração.


Pedro de Tróia e Manuel Fúria
Lisboa, Outubro de 2010

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os deuses avisam-na

Ouro puro guarnecido de sapiência esbelta
Verde olhar que não mata mas tinge faces
Voz que sabe o que diz sem cantar
Pés pequenos certeira adoração
Sonhos interrompidos por consciência de sangue
Sonhos retomados por consciência inevitável
Sonhos sonhos sonhos sonhos...
O despertar então seria exaltação dos corações.

A sentença é um prato que se serve quente.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ou dou por mim e acordo.

Cinco da tarde. Precisão. A porta do frigorífico abre e fecha. A fome está saciada.
Cinco da tarde. Agitação. A porta de casa abre e fecha. A casa está povoada.
Cinco da tarde. Coração. A porta tem uma chave. Não entro. Dou por mim e acordo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Acordo e dou por mim

Evito escrever, escrevo. Evito dizer, digo. Evito assumir, assumo.
Conheço o Outono, o Inverno e até a Primavera. Mas não te conheço a ti.
As folhas que caem falam por mim. E se eu caio não falo pelas folhas. Do café com Jazz, ao teatro por começar à hora em ponto, ao concerto para em paz estar eufórico, ao passeio pela cidade que não acaba, à praia da areia fria distante do Verão, aos livros e partilhas, aos segredos, ao deslumbrar como uma formiga no infinito da palma da mão.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dezassete Anos


Amanhã, 5 de Outubro, é feriado e Os Capitães da Areia estreiam o single do primeiro longa-duração. Dezassete Anos é o nome da canção. Para concretizar sonhos há um passo importante: começar a sonhar.

sábado, 1 de outubro de 2011

Não conta o encostar as faces e fazer o som com os lábios, que acaba por ser (só) ridículo.

Um beijo. Três beijos. Cinco beijos. Sete beijos. Nove beijos. Onze beijos. Treze beijos. Quinze beijos. Dezassete beijos.

Um beijo sentido? Eternamente ímpar.

O Falso Solitário

O ardor que a dor da distância faz sentir
Era para aquele pequeno rapaz
Como o sabor de morder uma laranja às escuras
E da trinca perceber que afinal era limão.
Que traição. Devia ter acendido as luzes.

Não sabia estar sozinho.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Paulista Que Veio Para Ficar

Morena imperial das saudades que apertam
Morena imperial da graça e da ternura
Morena imperial da viagem pela Europa
Morena imperial dos segredos de sempre Sol

Morena imperial guardo-te com metade da história por contar.

Tomara a todos ter a paulista.


Quando te vi passar fiquei paralisado
Tremi até o chão como um terremoto no Japão
Um vento, um tufão
Uma batedeira sem botão
Foi assim viu
Me vi na sua mão

Perdi a hora de voltar para o trabalho
Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que eu conquistei
Mil coisas eu deixei
Só pra te falar
Largo tudo

Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave Maria, sei que há
Uma história pra sonhar
Pra sonhar

O que era sonho se tornou realidade
De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem,
Nossa Jerusalém,
Nosso mundo, nosso carrossel
Vai e vem vai
E não para nunca mais

De tanto não parar a gente chegou lá
Do outro lado da montanha onde tudo começou
Quando sua voz falou:
Pra onde você quiser eu vou
Largo tudo

Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave maria, sei que há
Uma história pra contar

Assim nasce a esperança

Ao meio dia os baldes estavam vazios de esperança. Peguei neles e levei-os.
Carregar baldes vazios é saber bem para onde os levar.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Nua impunha respeito

À varanda ela cantava com um vestido que era só nudez
De alças, curto, cor de amêndoas de açúcar
Vestido de dormir, de despir e de sonhar
Sempre aquele vestido. Sempre sem lavar.
Ela cantava, comia pêssegos e deixava o sumo escorrer
Amava, tremia e não fugia…
Até a noite ser amanhecer.

Recadinho

Nunca atropelei ninguém
Porque não tenho a carta
Nunca chapinhei no mar
Reservo para o suicídio
E se comesses uns morangos
Talvez a neura passasse
Se comesses umas balas
Talvez a esperteza matasses.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Regresso a Lisboa

Se as costas arrefecem a inocência morre.
Se vai da Lua ao Sol, que viva as alturas.

sábado, 3 de setembro de 2011

A ânsia está com ela

Um brinde! Que toque simples. Dois copos de um vidro delicado brilham e reflectem o esmalte de uma troca de sorrisos. Uma troca discreta, sim. Mas quando um pouco cheio, os copos tornam-se charmosos.
"Copos charmosos"?? Não seria mais adequado dizer copos com requinte?
O charme está no vinho... está nas rugas de expressão reflectidas no copo. Está na maneira como se pega no copo. Dois dedos, três dedos.. quatro dedos já não. O charme está nos copos que se observam e se fintam ansiosos por, delicadamente, chocar.
E é assim, cinco minutos de preparação. E o requinte, esse... está no brindar.

É hora.

Há mar e mar.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Discretamente nas Alturas


Não sei se tenho vertigens ou se tenho medo de as ter. Mas verdade seja dita, vence o sentir ao pensar. As modas fartaram. A adolescência parou. Os contornos foram despromovidos. O básico cansou. O vulgar importunou-me. E agora quero as Alturas.
Tive de queimar os olhos. Arrisco-me a ficar cego... Mas assim foram as palavras. Assim foram as palavras que me fizeram ver. Azeite a ferver nos olhos e curado com palavras?! Sim. Há quem diga que os milagres existem. Há quem acredite no destino. Há quem morra com um piano em cima. Eu apenas fui curado.
A ânsia agora ganhou forma e assemelha-se a um precipício, doce lugar escarpado. Há, porém, o desejo de chegar lá e o receio de nele caír para sempre. Não um "para sempre" para sempre. Um "para sempre" romanceado. Um "para sempre" de quem está surdo ao destino. Surdo. Surdo! Não mudo.
Hoje estou nas alturas. É estranho... mas estou. Quem me viu e quem me vê... E agora vejo-me e revejo-me porque cego me fizeste ficar. Estive para desprezar. Estive para não valorizar. Dezenas de vezes questionei. Abençoada cegueira. (à tua beira) Pronuncio neste instante que me rendo.
Aproximam-se os dois citados. É a hora que marca agora e pelo caminho houve um vénia (que merecida!) retribuída com um "gosto". E ao virar de uma esquina outro "gosto". E já tudo era pretexto para gostar. Estava calor mas cuidado não apanhes frio.
Mas avancemos. Aproximam-se os dois citados e vêem as alturas. Tensão? Não. Indecisão? Não. Destino? Também não. Trocas de cheiros.. Deixem-se marcas das mãos com tinta nas paredes, como na infância. Sirva-se um cocktail nas escadas. Que confusão de sabores. Do tropical ao Portugal. Do latino ao nórdico. Já só se escuta silêncio e dois pontos verdes que ditam.
A mensagem vertical encontrada recentemente sucede-se vezes sem conta. Mas não estão gastos. E querem-se. (...)

Fruto da romãzeira não sumas hoje nem nunca mais...
És a certeza mais súbita e nas tuas vertigens me procuro.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Vem aí Setembro

















Parecia que a noite não acabava ali.
Indecentemente cruzaram-se as sinceridades
Ontem quando a noite aclarava
Longe da sentença da proximidade.
Há, porém, sorrisos que carimbam
Anos que passam sem passar
Quase como se um relógio parasse
Uivasse e esperasse contar.
Esse relógio de dez ponteiros
Relógio de adolescência e futuro incerto
Objecto não de ouro, contudo sensível,
Mas sempre teimando que um dia iria parar.
O dia chegou e ficou
Romãs amargas que diluídas se cravaram na recordação
Desses tempos ingénuos
E que agora são o que são.
Respostas reticentes
Outras evidentes de mais
Sem alcançar a previsibilidade
Tomando como ponto de partida um inocente chá de Romã.
Essa vontade ou desejo aparente
Uma selva de emoções que não presas em jaulas não escapam
Silvas nos corações e nas palavas
Liberdades que são e em tempos não foram
Á, sem "h", cabelos lisos que chamam por ser tocados.
Brinco com o acento para a direita
Isto é gozo e o querer a tua mão
Ouso ousas ousar ousadia
Setembro detonador da sagaz paixão.

sábado, 16 de julho de 2011

Jurar é um dia voltar atrás

os dias já não são dias.
nem os nomes, nem as canções, nem os lugares, nem as razões.
a agitação sobrevive e alimento-a aos baldes da mais delicada das rações.
momentos. momentos é que são dias. momentos. que encanto. loucura. paz.
vai tudo a eito e em letra minúscula e se pudesse seria mais minúscula ainda.
em janeiro premi reset.
em fevereiro foram ensaios.
em março gravou-se um disco.
em abril magia e primavera.
em maio à luz pedro de tróia.
em junho mudanças e andanças.
em julho só verdades a nú.
em agosto não sei nem me interessa.
em setembro cá estarei.

blogue suspenso por contra-inspiração.

domingo, 10 de julho de 2011

e s p a c i a l

Feliz 24h por dia, em quatro linhas.

tenho planos para o passado

não penso no que ainda não aconteceu

vivo tão bem enquanto durmo

quando acordo estou no céu.

Jogo das Assoalhadas

não há inspiração
procurei-a todo o dia
talvez se tenha perdido
ou metido num saco do lixo por engano.

não há inspiração
talvez houvesse se sim
fosse a resposta às certezas
da ânsia de viver no incerto.

não há inspiração
mas sei que vai voltar
à noite, na varanda? ou simples passos caminhar
pés descalços, entradas e saídas, risos
peripécias, encantos, espelhos, sorrisos
apostas, pequenas lutas, círculos
presentes, desafios, liberdades e saudades (que saudades!)
vive-se agora o que antes não se viveu
que gozo me dá, nem dedos se estalam e o inesperado aconteceu.
passo a passo. passo a passo.
que não se estrague o caminhar.
jogo das assoalhadas aí
jogo das assoalhadas aqui
jogo das assoalhadas, dois delírios
vivo-te agora porque sei que vais acabar.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Carruagem

Ah! sapatos de cristal
Abóbora é um vegetal
Não andes sozinha magia
Pára. Sei que vais vazia.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Pintura a Óleo. Tema: a Vida

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um dia tentei esconder o Sol
o cabelo solto, o vestido branco.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Conclusão Eterna

Se amores perfeitos são flores, quero ser coberto de flores.
E viver sozinho assim.

Teoria do Salto em Comprimento

As decisões são, provavelmente, como saltos em comprimento sem saber onde vamos cair: na areia, ou pr'além dela. Pior ainda é cair confortavelmente na caixa de areia... mas ter pisado o risco e ser um salto inválido. (Que chatice...) Ou ainda pior é partir antes do tempo. (ora bolas...) E ainda pior pior pior... (pior?!) só mesmo não saltar no momento em que já não dá para voltar atrás, ou ir tão rápido que nem dê para parar, ou então tropeçar.


Cais

Quando um barco tem pés para andar
E as ondas só vem chatear
Lá no fundo do mar imundo imenso sais
Oh! Neptuno e as tuas sereias sensuais
Vendes no cais

Quando um barco se está para afundar
E só esses ratos não o quiserem abandonar
Quando a maré negra chegar
E não houver ninguém pr'ó crude limpar

Se o pescado morre ao lado
Se ainda se ama o mar salgado
Então é ver no cinema se ainda há lodo no cais
Se o mercado impera e somos todos iguais
Muito cuidado, quando escorregas sempre cais.

Rui Reininho

A Reter - IV

q u a n t o m e n o s p e n s o m a i s s e i o q u e f a z e r

sábado, 25 de junho de 2011

Hemisfério da Promessa

Valsa morena prestígio espanto
As faces rosadas centelhas de fogo
Nos aposentos suave deleite
Evoco a saudade pálida flor.
Se ouvires o destino guarda alma segredo
Se sorrires tanto há fruta e degelo
Ai quando o canto... vier e se ouvir cantar
Cândido teu. Reflexo aos olhos. Reflexo aos olhos.
Ai ai ai ai... ai ai ai ai ai ai ai...
Nossa Senhora esmalte realce
Os corvos são anjos se os tingires de branco
Só faltará ver se tremes inteira, uma noite inteira
Ou sonho travessia costeira.

QUERO GUERRA

A Conquista do Paraíso já esteve mais longe

A Reter - III

Prolixo não é para o lixo.

não vale a pena complicar

Azul
Azul claro
Azul muito claro
Azul muito muito claro
Azul mesmo muito muito claro
Branco

os meios termos só dão dor de cabeça.

L Á L O N G E



sexta-feira, 24 de junho de 2011

composição à escola primária

Lisboa, 24 de Junho de 2011


Não me canso do teu sono.
Não me canso da cara de índia.
Não me canso do sol da varanda.
Não me canso do espelho atrás.
Não me canso desse calor.
Não me canso dos olhos de amêndoa.
Não me canso dos "adeus".
Não me canso que deslumbres.
Não me canso dos teus dentes.
Não me canso da magia.
Não me canso do cabelo.
Não me canso dos recados.
Mas quase me canso de esperar.

"Há mar e mar. Há ir e voltar."

IRONIA (em Caps Lock)

as ironias regressaram em Junho e não param de entrar selvaticamente por todos os recantos em que passo ou estou. Eis o 12º dia consecutivo.
Assim dá gozo... assim começa a dar gozo!

De um modo selvático nada fica pó.

Jantar surpresa

Agua + Esparguete + Cebola + Azeite + Atum + Natas

de flor em flor

quatro horas

DESPROPORCIONAL

Laranjas: V

Limões: K C A M M J R A I I I R L I I J X J M I M R S

quinta-feira, 23 de junho de 2011

de férias

Bailamos no teu Microondas

























Nunca achei que Setembro fosse uma solução
Sempre soube que preferias o Inverno ao Verão
Soubesse eu falar como "Bife no Chiado"
Não usaria este refrão para me mostrar apaixonado

Corrida de mão dada socorrida em alto mar
Tomo o coração de assalto. Alto e ponho as mãos no ar
Maria rapaz no Rio Bravo as heranças
E a tua brava dança desbrava-me as andanças

As melgas gostam de ti mas a mim não me repeles
Se fugirmos um do outro vamos ficar com mazelas
Canto teu que me cativa casamos num cativeiro
E se sem ti já não vivo vamos viver num viveiro.

A Reter - II

u m a p o r t a q u e f e c h a n e m s e m p r e f i c a t r a n c a d a

C R Ú

















sem tretas. sem truques. sem meios termos.
com cor. com luz. comigo.

Contar até três

Um dois três
Fugir escapar romper
Um dois três
Partir dançar gritar
Um dois três
Rir gozar cheirar
Um dois três
Correr perder fazer
Um dois três
Cantar ouvir roubar
Um dois três
Corar suar morder.

Três... dois... um.

está tudo aqui

sem tradução

ironia

NQAUOESREOIEOSQTUAERFCAOZNETRI.G.O.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

O Que Me Inspira - IV

isto é que é ser doce
















Cacau em pó: 60g
Leite condensado: 1 lata
Leite: 1 colher de sopa
Manteiga: 30g
Chocolate granulado: 1 frasco
Óleo: q.b.

Façamos o seguinte:

Num tacho desfaça o cacau no leite. Depois junte a manteiga e leve a lume muito brando, mexendo sempre até a mistura se despegar das paredes do tacho. Deite a massa num prato untado com óleo. Molde pequenas bolinhas com as mãos untadas em óleo. Passe cada uma em chocolate granulado e sirva em forminhas de papel.

Que lindo.

Hummm

A minha casa tem paredes brancas porque assim faço delas o que quero.

para ser (bem) interpretado

O Verão é um mundo inteiro

A divisão é a "operação aritmética pela qual conhecemos quantas vezes uma quantidade está compreendida noutra." Aqui nem a calculadora é recomendada.

O Mondego não é mar. O Mondego morre na Foz.
No Mondego não dorme o Sol nem vive o Sal.
À beira do Mondego há história, cidade, saudade.
À beira do Mondego são retratos tempo inteiro.
Ai ai Mondego... porque me tramas.

No meio de todo o encanto até a ajuda que surge quase mata.
Ajuda de cara lavada. Ajuda semi-abençoada. Ajuda da porta alta.

O Brasil diz-se Verão. O Brasil é mito, ordem ou progresso.
No Brasil está muito frio. Europa é liberdade.
Ausência de regras ou barreiras. Reza-se a beleza.
O Brasil é sal no rosto. O Brasil quer voltar. O Brasil é Tropical.
Ai ai Brasil... porque me tramas.

Ajuda do orgulho e da prisão. Ajuda que exige revolução ou um não.
Ajuda bem-me-quer. Ajuda que a terra faz tremer.
Ajuda que teme verdades. Ajuda que desajuda.
Ajuda que ajuda exalta. Ajuda que não reconheço.
Ajuda mágica e do encanto que não quer adormecer
com medo do sonho entrar.
Ajuda dos olhos eternos. Ajuda que estragos faz.
Ajuda das complexidades.
Ajuda do sinal delicado. Ajuda que comparo a esquilos.
Ajuda que não posso aceitar. Ajuda que escreve desejo quando sorri.
Ajuda? Explosão de granadas laranjas e limões...
Ajuda é o que me pede, quando eu é que devia pedir.
Não me apetece pensar.
Ai ai Ajuda... porque me tramas.

sábado, 18 de junho de 2011

Que confusão

Estava muita gente.
Gente que não via há anos.
Gente que não queria ver.
Gente que sorria sempre.
Gente que estava perdida.
Gente grega e polaca.
Gente minha nostalgia.
Gente recordações de eternidade.
Gente família ímpar.
Gente que me quer bem.
Gente que mal me quer.
Gente de todas as idades.
Gente bem e mal vestida.
Gente gira e gente falsa.
Gente eufórica ou petrificada.
Gente que não podia evitar mais.
Gente especial, gente banal.
Gente. Gente. Gente.

Tenho o coração dormente.
E será sempre assim.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Dôvos um concelho"?!?!

Primeiro conheçam as letras.

A B C D E F G H
I J K L M N O P
Q R S T U V X Z

Depois pensem as palavras.
Por fim, vivam as palavras.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Um reflexo feminino

Já que tão bem sabes escrever
Ou que apenas tens bom gosto
Anda. Vem para o Chiado
Não adies esta prece
Anda. Brindemos com chá
Pois só assim fará sentido...
Ontem li-te e inspirei-me
Rasgo as ruas que escrevo e as palavras agitam-se
Tantas vezes quantas eu quiser
Umas dezenas ou centenas
Grande sorriso promessa
Ainda irei receber
Luz podes-me dar?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pedro de Tróia

Ao fim de vinte e dois anos e meio, a genuinidade encontra-se com o carácter.

A verdade com a razão. O exterior com o interior. A realidade com os pés no céu. O esclarecimento de tudo o que estava mal resolvido. A clareza de tudo o que eram águas turvas. A existência encontrou o lugar. A existência ganhou o lugar. A existência celebra-se com a descoberta. Termina, assim, ano e meio de instrospecção.

Eis o nascimento de Tróia.

domingo, 17 de abril de 2011

Que se lixe a Geometria

Os círculos são vícios, repetições, destinos, tendências, previsões.
Os triângulos são fatias, três recantos, símbolos de todos os dias.
Os quadrados são quatro opiniões redundantes, não se passa nada.

Para o bronze? Na pedreira.


De comboio é xunga? A pedreira está mais perto. É um tédio para estacionar o carro? Na pedreira não há trânsito. Detestas atender o telemóvel na praia? Na pedreira não há rede. O gentil senhor da bolacha americana engana-se nos trocos? Na pedreira nem lá passa. A água está gelada? Na pedreira não tens mar. Andas carente e nostálgica? Na pedreira tens pó. Embirras com o vento? Na pedreira nem o sentes. Um bikini igual ao teu? Na pedreira estás sozinha. As crianças incomodam? Respondo da mesma maneira.

Se o que queres é bronze, escolhe antes a pedreira.

A Evolução da Pop

pop - Pop - POp - POP

sábado, 16 de abril de 2011

Comunicado

ODISCODOSCAPITAESDAAREIAVAISERAALEGRIAEASAUDADEADANÇAREMBEMJUNTINHAS.

Dicionário

A eternidade é a petrificação da glória.

A certeza é Maria Utopia filha de Confiança dos Anjos.

A verdade era Veritas na mitologia romana.

Um amor perfeito é uma flor.

Por isso

Independentemente de não ser hoje o Foi
Reajo com agrado aos ecos reticentes das boas lembranças
Inocentemente bato palmas duas vezes num ápice e chamo estrelas
No mês em que o regresso ficar ficou
Até que madeira cause vertigens pois sei que vai dar.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ai pedaços. Ai pedaços, corações.
Pedaços são um agora
Não se fechem os portões.

sábado, 19 de março de 2011

O Amor define-se.

Ela e o Rio

Sinto o rio. Estou feliz. Não rio mas sorrio porque sei que fala p'ra mim.
É o rio. Instala-se a desordem ruidosa quando aponto o olhar à corrente que dança.
Está frio. Sei porque sentada em pedra está e o céu gélido azul. Claro. Suave. Inverno talvez.
E antes Inverno que Inferno há calor que faz ruir.
E Inverno repito, digo-te eu, sentada num sossêgo que inspira e espelho de paz de alma... és quente quando contemplo o rio e confortas-me tu assim.

domingo, 13 de março de 2011

Aula

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A Reter

E S T A M O S T O D O S À D I S T Â N C I A D E U M P E Q U E N O A J U S T E .

sábado, 12 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

ÍNICIO. LARGADA. FUGIDA.
não é o mesmo que
PARTIDA. LARGADA. FUGIDA.

Passagem de Ano? É em Abril.

Já a genialidade do António Variações ditava:

"Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens...que ser assim?...

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver
Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar"


Pois bem,

O tempo urge. A cada instante a despedida do que foi feito, dito e pensado. Despedida do que se ouviu, viu, do que se perdeu ou ganhou. Despedida do que não se quis, ou não se precisou, ou não se achou, por bem!.. dizer.
Tanta despedida... tanta despedida... sem lamentos meus senhores! De cores vivas se tinja o coração.
As vozes lamentosas incomodam o caminhar. Pretensiosos: que se danem. Mas danem-se bem.
Talvez fosse de interesse organizar um lanche, um jantar... um banquete! Isso. Um banquete! Elas conversariam nos sofás. Os do costume na cozinha. O previsível ao piano. Os indefinidos contemplariam tudo o que de mais desinteressante os pudesse rodear. Os excêntricos. Os bobos num canto. Os tolos no outro. Os trovadores na varanda. E um grupo que aparecerá à pendura mas que será bem-vindo! Depois há os normais. Esses não serão convidados.
Enfim, todos nos sentamos à mesa. As falsidades ficam nuas com o escorregar do vinho. Brindes ao cinismo.
Passado dissecado. Sobrevivem as boas lembranças, memórias. Uma vénia à nostaliga.
Os ponteiros estão parados. Em Abril começa a nova andança, a bonança. Foi o ano das graças e desgraças, que dissecado está porque o quis. Talvez tenha ficado resumido a semanas, ou dias até... Mas ficou bem picotado. Por fim recordado. Ao pormenor.
Encerra-se um ciclo. Aqui fica declarado. Não para que seja compreendido ou que as palavras criem mossa. Apenas para cortar relações com tudo aquilo que ficou pó e a mais.
Endereços e casa: tudo ao ar. Adeus gentes alheias.
Renovar para situar. Foi a descoberta da genuinidade e merece celebração, paz, devoção. Chamemos-lhe instalação na harmonia e tudo começa a fazer sentido. Tudo nas melhores condições e "todo o dia é dia de viver."

INÍCIO. LARGADA. FUGIDA.

sábado, 5 de março de 2011

Morango


Trinca num pequeno fruto que tem como consequência uma explosão vermelha de intenso sabor.

Mas comer morangos não é o mesmo que comer alimentos com sabor a morango. Desenganem-se os audazes. O que dizem saber a morango não é mais do que uma confusão de paladar.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Porque vale a pena estimar

Estimem pedaços que sejam bons. Estimem encontros. Estimem reencontros. Estimem os segundos que antecedem despedidas. Estimem caminhos. Estimem livros. Estimem cartas. Estimem fotografias. Estimem a roupa. Estimem recordações. Estimem discos. Estimem...
Estimem sorrisos. Estimem o calor. Estimem desamores, santas nos andores, estimem as flores e todas cores.
Preciso de ar




































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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Inocência

Há noite uma criança numa pequena cama com colcha às riscas. A Mãe aconchega-a. Adormece.

Pesadelos. Sombras na parede. A Lua está quase à janela.

Acorda. Cozinha. Caneca de leite. Banco. Desbruça-se à janela...

"Lua, bebe desta caneca para que fiques branca e cheia."

Dorme em paz.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Recompensa

Sei que muito me cruzei
Andei à solta e um braço evitei
Resta que ninguém compreenda
Ao estado em que quis ficar.
Meticuloso ser
Em que demais pensei
Tirando horas ao sono
Rugindo perdendo o que dei
Os segredos...
Gostos súbitos e repentinas mudanças
Ontem lá sempre ficaram
Sacudidas nunca vingaram
De certo nunca errei
E certo sei que pequei
Mas a história reside na grandeza do que não se viveu
Ao tempo que ainda hoje recordo
Tantos corredores me cruzei
Ou tantas mensagens lutei
Sem que me libertasse
Guerra que vivi e durou intenso combate de razões e emoções
Um dia vou perceber...
E um dia vou aprender.
Rasgo uma camisa.
Recorto o passado que interessa
Anseio chegar até quem

Uvas e outros frutos dará
Mas de livre e bondosa vontade.
Devo ser louco não sei
Isso de ser verdadeiro
Antes de história viver
Desde que em recantos se escreva
E saiba como escrever
Cobiça e tudo mais
Lavrarei palavras dia tarde noite
Até que sejam frases
Reescrevo-as se fôr destino
Ouro guardo para oferecer.
Mexam-se.
Emergência, vontade de afirmar
À maneira que bem sei
Tenha lata, sentido ou não
Um dia terei razão.
Abraço sentido, escrito,
Frieza distante ímpar
Retorno ao dom da palavra
Embelezo olhos desse olhar
Não se acanhem de ouvir verdades
Temam que elas perdurem.
Eu sou palavras com Norte.

Definição de cansaço

Olhos abertos. Fechados. Olhos abertos. Fechados. Abertos. Semi-cerrados. Fecham. Continuam fechados. Sono.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Um prato que se serve quente

Soube um dia que alguém não sabia escolher onde jantar
Adivinha-se eu tal feito, arquitectava uma admirável massa.
Restou-me apenas ter de tirar do bolso uma bússula
Apressar-me e descer a Rua do Carmo
Mas sempre com um ar confiante de quem sabia o destino.
Ao chegar ao deserto Rossio, Itália chamou por mim
Tanto chamou que tiros de um artista escutei até ao fim.
O final foi um passado que hoje teria invertido
Sem sequer pestanejar (e que belo termo)
Guardo num caderno o que disso ficou
Uma vez que me tocou
Enquanto que cromo não sou
Repetiría tal jantar
Repetiría no presente mas destino trocado
Algum dia saberei se fui, enfim, abençoado.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Recado ao deitar

Ocultas-te não cedendo
Medo de te revelares
Erro grosseiro, compreensível
Crias sede ao me encantares.

Aguardo-te em terras dos meus vícios
Aguardo ao Sul regresses
Que nessa volta em mim embatas
Sem ímpeto ou ruído
Com céu azul e olhos verdes
Retrato perfeito nessa tua moldura morena.

Quem és não sei, mas sei que sei
Ter mil pretextos para saber quem és.

Perspectiva Cavaleira











Avistam-se cinco rapazes
Que avistam um mar de gente.

Confronto de vistas
Reflexos de som
Que em faces esbarra
E que quando sorriem
Atinge o esmalte
Brilhos que nos aquecem.

Primeiro sujeito
Ondas ao peito
Serenidade colossal
Maracas e não matracas.

Segundo sujeito
Cor da casca da castanha
Relógio de bom destaque
Primeira fila

Vista dirigida
Discreta minúcia em pé
Mesmo envolto na bandeira
Perspectiva cavaleira

Ondas inocentes
Agitação do ânimo
Regime autoridade
Cedem num ponto de encontro.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Primavera Selvagem no Teu Chiado

Sentado espero a Primavera
Que libertará as primitivas ondas
De um estado senvível
Que se avizinha quente

Não condeno o frio que paralisa
Não condeno a chuva que destrói almas
Não condeno o vento que atormenta
Não condeno mas que se danem.

Rogo que venham os telhados vermelhos
Ao fundo de um miradouro qualquer
Um Sol brilhante que ofusque
Uma arajem fria que insista em não ir embora
Passaros que migrem
Rebentos nas plantas
Coisas que nos acordem do tempo gasto a hibernar.

Para ouvir de manhã

Venham os novos tempos














Suaves silvos que contornam
Menina de longos cabelos dourados
Coberta de rosas vermelhas
Num longínquo entardecer

Corramos pois nunca julguei
Fazer de ti que deslumbras
Pura, cândida, imaculada
Herdeira presuntiva da coroa

Maior desengano reside
No pretérito que ficou
Nas baladas que cantava
À pérfida mulher trigueira.

Bailamos no teu Microondas

Nunca achei que Setembro fosse uma solução
Sempre soube que preferias o Inverno ao Verão
Soubesse eu falar como Bife no Chiado
Não usaria este refrão para me mostrar apaixonado

Corrida de mão dada socorrido em alto mar
Tomo o coração de assalto "alto" e ponho as mãos no ar
Maria rapaz no Rio Bravo as heranças
E a tua brava dança desbrava-me as andanças

As melgas gostam de ti mas a mim não me repelas
Se fugirmos um do outro vamos ficar com mazelas
Canto teu que me cativa casamos num cativeiro
E se sem ti já não vivo vamos viver num viveiro.


Pedro de Tróia
Figueira da Foz, Setembro de 2010


Jenny Lewis - a grande Senhora

Inês de Castro

Na fonte não te vejo
Perdoa os meus olhos
Em mim guardo aquele beijo
A sombra e o teu cheiro.

Arrepia a ilusão
Não digas não
Uma muralha
Protege-te em vão

A mim, venham as fadas
Que à noite não há perdão
Toque de sinos no erguer do Sol
Agitação da manhã

Descubro-te perto de mim
Fundo da fonte
Marcaste o chão.

Afonsinhos do Condado

É mais uma das riquezas audiovisuais.

Quando chega o Verão?

Dois gelados
Sabores tradicionais
A beira mar, amor
Calor a mais.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Maquete - completa.

Hoje o que havia para escrever, foi escrito.
Passo a passo. Passos curtos que caminham num tapete rolante.
Está quase tudo a postos para o desaparecimento de seis indivíduos muito próprios.
Venha a autocaravana. Atestem-se os depósitos. Invista-se em massa com fartura, enlatados, sumos inocentes, ovos e leite. Invista-se em roupas quentes, mantas e jogos.
Invista-se em vontade e sacrifício. Um artigo de luxo que nascerá de quem se privou dos mesmos.
Pouco falta para o que aí vem. Pouco falta.
Mas poucos são aqueles que escutarão em breve.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Recados para Portugal

Portugal de hoje que a desconheces, apresento-te a Atitude.

Afirmo

Surja o cedo de Inverno
Que o que vivi foi Inferno
E me marque esse calor
No Verão que em praia sou.

Encontrem búzios inteiros
De mares guardados em si
Façam-se viagens por estradas
Por calçadas e miragens.

Planto árvores de limões
Mas chamo-lhes laranjeiras
Corro sem medo de ser
Jamais largo as minhas mãos.

Reencontro-me comigo mesmo. Viro-me.
Reencontro-me comigo mesmo.